sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

SENHOR

         Senhor, eu estou aqui, como um pigmeu
         pra falar francamente,
         de homem pra Deus.

         Sem rito, sem nenhum alarde
         talvez um pouco tarde,
         mas este sou eu.

         Talvez deva me ajoelhar
         perdoe a timidez
         eu não sei como é a primeira vez.


         Ouvi tantas maravilhas
         também ouvi mentiras
         Resolvi arriscar.


        De tudo o que eu aprendi com o mundo
         me fez entender deste mundo
         mas nada de mim

        De todas as guerras que eu fiz neste mundo
        que eu lembre,  nenhuma me fez
        ser alguém mais feliz

        Então, eu estou aqui.

Um comentário:

  1. Beíssimo poema; lembrou-me desse texto:

    "Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! Quantas pessoas arruinadas por falta de ordem, de perseverança, por mau comportamento ou por terem limitado os seus desejos!
    Quantas uniões infelizes, porque resultaram dos cálculos do interesse ou da vaidade, nada tendo com isso o coração! Que de dissensões de disputas funestas, poderiam ser evitadas com mais moderação e menos suscetibilidade! Quantas doenças e aleijões são o efeito da intemperança e dos excessos de toda ordem!
    Quantos pais infelizes com os filhos, por não terem combatido as suas más tendências desde o princípio. Por fraqueza ou indiferença, deixaram que se desenvolvessem neles os germes do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que ressecam o coração. Mais tarde, colhendo o que semearam, admiram-se e afligem-se com a sua falta de respeito e a sua ingratidão. Que todos os que têm o coração ferido pelas vicissitudes e as decepções da vida, interroguem friamente a própria consciência. Que remontem passo a passo à fonte dos males que os afligem, e verão se, na maioria das vezes, não podem dizer: “Se eu tivesse ou não tivesse feito tal coisa, não estaria nesta situação”.
    A quem, portanto, devem todas essas aflições, senão a si mesmos? O homem é, assim, num grande número de casos o autor de seus próprios infortúnios. Mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, e menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a falta de oportunidade, sua má estrela, enquanto, na verdade, sua má estrela é a sua própria incúria".

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