domingo, 30 de janeiro de 2011

HOJE NÃO

Juro por Deus que eu te queria
Fazer um poema de amor
Mas, à minha revelia,
O coração, miúdo e mudo,
Decidiu que hoje não...

Amanheceu carrancudo
Não quer riso, não quer sonho,
Não quer volta nem milagre
Só quer saudade sofrida
Do que foi realidade.

Perda por demais doída
Faz dessas coisas com a gente
Põe medo, tira a esperança
Tranca portas, pede um tempo
Vela em silêncio o fim de “um dia”

Juro por Deus que eu te queria
Aqui comigo pra sempre
Dizer o que nunca te disse
(E hoje até que eu diria)
Mas meu coração, de repente,
Resolveu que hoje não.

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